A aprendizagem sobre a partida de Jesus trouxe
certa depressão aos discípulos. Se eles pudessem entender o 'porque' e
o 'para quem' ele estava indo, então, certamente eles iriam se alegrar. Mais
tarde, inclusive, (v. 22) Jesus predisse que o tempo de tristeza dos
discipulos, de repente, seria transformado em uma grande alegria: “Agora
estou indo para aquele que me enviou.” A partida de Jesus foi necessária,
embora dolorosa e difícil para os discípulos naquele momento. Sem a partida de
Cristo (que incluía sua morte, sepultamento, ressurreição e ascensão) não teria
havido evangelho. A expiação pelos pecados era necessária para que
Jesus salvasse o seu povo (Mt 1:21). Além
disso, a menos que ele partisse, o Espírito Santo, o Conselheiro e Consolador,
não haveria vindo para aplicar-lhes a obra da expiação.
I.
Mesmo andando ao lado de Cristo, os discipulos não compreendiam plenamente as
coisas espirituais (16:12-13).
Os
discípulos não eram capazes de entender plenamente as verdades espirituais
naquele momento. Seus corações ainda estavam endurecidos, pois
suas preocupações eram com suas próprias posições em um reino terreno, por
isso eles não viam a necessidade da morte de Jesus. Mas, o Espírito Santo (cf. 15:26) viria depois da morte de Cristo para conduzir
os apóstolos à verdade sobre Jesus e sua obra. O Espírito, disse Jesus, não
iria ensinar os discípulos por sua iniciativa própria, mas ensinaria apenas o
que ele ouve do Pai. Isto aponta para interdependência das pessoas
na Trindade. O Pai diria o Espírito o que ensinar aos
apóstolos sobre o Filho.
Também o Espírito iria ensinar o que ainda
estava por vir. Esta afirmação ajuda a entender a promessa,
“Ele vos guiará a toda a verdade”. Esta foi uma promessa aos apóstolos: que a
sua compreensão parcial da pessoa e obra de Jesus como o Messias seria
concluída conforme o Espírito lhes daria visão sobre os significados da Cruz e
da Ressurreição, assim como verdades sobre o
retorno de Jesus (cf. 1 Coríntios. 2:10). Os
livros do Novo Testamento são o cumprimento deste ministério de ensino do
Espírito. Nós só conseguimos compreender plenamente a obra de Jesus quando o
Espírito nos abre os olhos.
II. A
vinda e o ministério do Espírito Santo abririam completamente a visão dos
discípulos para a obra de Cristo (16:14-16).
Jesus
é o Logos, a revelação do Pai (ou como Paulo expressou, "a imagem do Deus
invisível" Col. 1:15). O Espírito Santo agiu na mente dos apóstolos
para que eles pudessem perceber, compreender e ensinar sobre o Salvador. Algum
dia Jesus irá reaparecer, mas a tristeza, dor e fracasso espiritual viria
primeiro.
As palavras foram desconcertantes para os
discípulos (e possivelmente também para os leitores iniciais do Evangelho de João). Também
a previsão, você vai ver-me, não foi imediatamente compreendida. Ao que você acha que Jesus estava se referindo? (a) para a vinda
do Espírito Santo ou (b) a seu segundo advento ou (c) a sua breve aparição aos
discipulos, o ministério de 40 dias entre sua ressurreição e sua ascensão? A
última interpretação se encaixa melhor nesta passagem, mas em certo sentido se
encaixa nas outras. Nós hoje aguardamos a segunda vinda de Cristo.
III. O Espírito Santo ensinaria aos
discípulos que os seus sofrimentos os conduziram a uma grande alegria final
(16:17-24).
Os discípulos estavam confusos sobre o
intervalo de tempo citado por Cristo. As palavras usadas por João nesses
versículos indicam que um
diálogo considerável ocorreu entre eles sem que chegassem a uma resposta. Eles
não conseguiam conciliar as afirmações de Jesus. Jesus entendeu a confusão entre os seus discípulos. Sua
morte seria amarga agonia para eles, mas o mundo ficaria muito feliz. A morte do Messias faria com que eles chorassem e lamentassem, mas no
futuro, os traria grande alegria: a vossa tristeza se transformará em
alegria. Jesus ilustrou a verdade da dor substituída pela alegria: a dor do
parto seguida pela alegria da nova vida, quando uma criança nasce. Os
discípulos estavam entrando no processo de dor (hora de tristeza), mas a luz da
alegria viria logo à frente. Quando os discipulos o viram depois da
ressurreição a sua alegria foi tremenda. Jesus morreu para o pecado uma vez,
mas agora vive para sempre (cf. Rom 6,9-10, Lucas 24:33-52, Hb 7:24.-25).
Em
nossa caminhada terrena passamos por muitas tristezas, mesmo dentro da família
e da igreja, mas Deus tem reservado para nós, na segunda vinda de Cristo,
seremos plenamente felizes por toda eternidade. Interessante notar, que até
este ponto os discípulos não tinham orado em nome de Jesus. Depois,
eles passariam a fazer isso. Então suas orações seriam ouvidas e atendidas pelo
Deus Pai, pois era feitas em nome de Cristo e aperfeiçoadas pelo Espírito Santo.
Parte de nossa alegria já consiste em saber que Deus ouve as nossas orações, e
melhor, não às atende segunda a nossa vontade, que é falha e pecaminosa, mas
segundo a sua soberana, infinita, excelsa e gloriosa vontade.
Meu bom e velho amigo,
ResponderExcluirfico feliz de ser o primeiro a seguir o seu blog...
e mais ainda de saber que esta de volta a ativa....
Forte abraço e Deus almente em muito a sua sabedoria.
Beijos na família.